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ZELANDO PELA VIDA

“Não matarás” (Êx 20.13)

Uma pesquisa mostra que nos primeiros cinco meses desse ano foram registradas 17.907 mortes violentas, sendo que as maiores taxas foram em Roraima, Tocantins e Piauí. Apesar da pesquisa apontar para uma redução de 25% em relação ao mesmo período do ano passado*, ainda temos muitas vidas ceifadas pelo assassinato. Esse número de mortes chama sua atenção? Seu coração fica “mexido” com esses dados? Às vezes, penso que a mídia tem influenciado nosso pensamento com tantas notícias catastróficas, tantas histórias dramáticas e tantas coisas ruins que até questionamos se Deus está no controle e se vale a pena viver zelando e protegendo a vida. Nossas refeições têm sido temperadas com sangue, roubos e corrupção diante da TV. O que fazer diante disso? O texto de Êxodo 20 mostra Deus estabelecendo leis para o seu povo viver diante de um mundo hostil e sanguinário. Na verdade, o próprio povo de Deus tinha em seu pensamento resquício da mentalidade egípcia que era de morte e corrupção. Diante disso, Deus estabelece uma lei para o relacionamento entre as pessoas do seu povo, não matarás. A palavra “matarás” pode ser mais bem traduzida por “não assassinarás”, trazendo a ideia de uma violência deliberada, tirar a vida de alguém por motivos propriamente egoístas, como fez Caim. Com isso, Deus está estabelecendo que ninguém tem o direito de tirar a vida de nenhuma pessoa, a não ser que Deus dê autoridade para isso (Rm 13.1-4) ou ordene que isso ocorra (1Sm 15.3). Talvez, você pense: “eu nunca assassinei ninguém, nem pretendo assassinar. Então, estou livre desse pecado”. Contudo, o ato de assassinar alguém é a manifestação visível do pecado de ódio contra uma pessoa. Foi isso que Jesus disse em Mateus 5.21-22. Deste modo, a ira sem motivo, a raiva contra alguém e o ódio por motivos particulares implicam em quebra do sexto mandamento. Ou seja, as pessoas do mundo estão externalizando toda a ira e ódio que elas têm contra Deus, assassinando a imagem e semelhança de Deus que são os homens e mulheres (Gn 1.27). Nós como povo de Deus, devemos zelar, cuidar, proteger, amar e socorrer a vida daqueles que estão a nossa volta. A pergunta 135 do Catecismo Maior de Westminster fala sobre os deveres do sexto mandamento, que são: “nos empenhar cuidadosamente e nos esforçar legitimamente para a preservação de nossa vida e a de outros, resistindo a todos os pensamentos e propósitos malignos, subjugando todas as paixões, e evitando todas as ocasiões, tentações e práticas que tendem a tirar injustamente a vida de alguém; sossego mental, alegria de espírito e uso sóbrio da comida, bebida, remédios, sono, trabalho e recreios; por pensamentos caridosos, amor, compaixão, mansidão benignidade, bondade, comportamento e palavras pacíficas, brandas e corteses; a longanimidade e a prontidão para se reconciliar, suportando pacientemente e perdoando as injúrias, dando bem por mal, confortando e socorrendo os aflitos, protegendo e defendendo o inocente”. Esse é nosso dever diante do sexto mandamento. Talvez, você pense: “diante desse dever todos são assassinos diante de Deus e quebram o sexto mandamento”. É verdade. Tenho que concordar contigo. Contudo, há esperança para quebradores do sexto mandamento, como eu e você. A esperança para assassinos como nós está na pessoa de Jesus Cristo. Ele sim cumpriu o sexto mandamento perfeitamente, restabelecendo a saúde de muitos, provendo pão para multidões e se esforçando para a preservação e o cuidado daqueles que estavam a sua volta. Jesus é a nossa esperança porque nos amou, quando éramos inimigos de Deus, morrendo naquela cruz por nós. Jesus é a nossa esperança porque nos substitui naquela cruz, sendo associado com assassinos para que os nossos assassinatos fossem pagos pela sua morte. Jesus é a nossa esperança porque age com paciência conosco, suportando as nossas teimosias, socorrendo-nos em nossas angústias e defendendo-nos diante do maligno. O chamado é que você creia em Jesus Cristo como Salvador e siga seus mandamentos como Senhor, fazendo as obras que ele por você. Como o próprio Jesus disse: Ame seus inimigos e ore pelos seus perseguidores (Mt 5.44).

Rev. William Steigenberger de Souza

 
 
 

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